terça-feira, 2 de setembro de 2008

Grito dos Excluídos prepara protestos em todo o país



Em Aracaju, a manifestação acontece no próximo dia 5.

Neste ano, o Grito dos Excluídos sai às ruas para questionar o modelo econômico que privilegia os grandes negócios em detrimento do pequeno e médio empreendimento e das iniciativas comunitárias. Tanto no campo como na cidade. Questiona as ações que não colocam o ser humano em primeiro lugar e destróem a biodiversidade. Protesta também contra as políticas compensatórias que substituem a implantação de políticas sociais públicas, e grita em favor da preservação das conquistas trabalhistas históricas.

O 14.º Grito dos Excluídos luta pela vida em primeiro lugar, com direitos e participação popular. Por isso, propõe a defesa da economia solidária, a distribuição de renda, a pesquisa sobre fontes energéticas alternativas, a implantação de políticas públicas básicas, como saúde, educação de qualidade, emprego, transporte, moradia e todos os direitos elementares dos trabalhadores.

O Grito protesta veementemente contra as chacinas e a ‘limpeza’ urbana, contra a repressão policial e a falta de liberdade para os moradores de rua nas grandes cidades. Grita pelo direito dos cidadãos circularem livremente nos centros urbanos. O Grito não aceita e condena a perseguição contra o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, tratados como criminosos, especialmente no Rio Grande do Sul.

Em tempos de eleições, o Grito reivindica mais participação popular em cada um dos quase 5.600 municípios que vão renovar o seu comando local.

Manifestação em Aracaju

Em Aracaju, a manifestação acontece na próxima sexta-feira, 5, a partir das 14h30, com concentração no Mercado, seguindo em caminhada pelas ruas do centro da cidade, e ato de encerramento na praça Olimpio Campos. Na ocasião, será cordada a construção de um projeto popular e soberano para o Brasil, o fim das privatizações, bem como, o não à transposição do Rio São Francisco.

As informações completas sobre o ato serão divulgadas amanhã, às 9h, por representantes de entidades como Central Única dos Trabalhadores de Sergipe - CUT/SE -, Arquidiocese, MST, Movimento Sem-Teto, entre outras organizadoras do 14º Grito dos Excluídos no Estado, durante coletiva de imprensa, na Cúria da Arquidiocese.

Segundo o presidente estadual da CUT, Antônio Carlos Góis, é mais um grito coletivo, símbolo da luta contra a injustiça e a exclusão social. “É a reafirmação da capacidade, da força, da responsabilidade dos trabalhadores como construtores de uma nação livre e soberana e tem o objetivo de denunciar a exclusão social causada por um modelo econômico injusto, concentrador e excludente; questionar toda forma de dominação e dependência; e anunciar valores e caminhos para a construção de uma sociedade onde a justiça e a igualdade seja uma realidade”, afirma Góis.

“A dívida social relativa à terra, saúde, educação, moradia, marginalização e violência, discriminação, emprego e renda, meio ambiente e defesa da soberania são os eixos centrais dessa luta por um país verdadeiramente independente, livre dos ditames do capital financeiro”. Acrescenta ainda o presidente da CUT/SE.


Origem do Grito

O Grito dos Excluídos nasceu em 1995 como uma grande manifestação popular para denunciar todas as situações de exclusão social e pensar possíveis saídas e alternativas. Em 1996, ganhou apoio da Conferência Nacional dos Bispos Brasileiros - Cnbb. Hoje, é realizado por várias instituições, movimentos sociais e lideranças comunitárias. O movimento expandiu e já acontece em vários países da América Latina.

Um comentário:

Daiane Santana disse...

Links ambientais

[...] Velho chico VIVO [...]

:D