domingo, 30 de março de 2008

É crime privatizar o São Francisco

Está marcado para 2014, ano da Copa do Mundo de Futebol no Brasil, um
crime de lesa-pátria: o leilão de privatização das usinas hidrelétricas da
Chesf.
Daqui a seis anos, vencerá o prazo de concessão dado à Chesf para
administra-las e opera-las. Em 2014, o Governo será outro — e há chance de
ser comandado pelo PSDB, cuja bandeira segue sendo a privatização.
Exemplo: o governador de São Paulo, José Serra, candidato em potencial à
sucessão de Lula, não só anunciou, como já publicou o edital de licitação
para a privatização da poderosa Companhia Energética de São Paulo (Cesp),
espécie de Vale do Rio Doce do setor. Para evitar que se privatizem as
usinas de Sobradinho, Itaparica, Paulo Afonso I, II, III e IV, Moxotó e
Xingó, além de Boa Esperança, no Parnaíba, que garantem a energia elétrica
do Nordeste, os secretários de infra-estrutura da região, reunidos em
Fortaleza na semana passada, decidiram começar uma mobilização política de
pressão junto ao presidente Lula contra o leilão. A idéia é antecipar para
logo uma decisão que evite a privatização da cascata de barragens da
Chesf. ‘No momento em que, por um absurdo, uma empresa privada assumir a
operação das usinas geradoras de energia da Chesf, ela assumirá também a
gestão das águas do São Francisco e do Parnaíba’, grita o coordenador de
Energia e Comunicações da Seinfra do Governo do Ceará, Renato Rolim.

João Bosco Carbogim

http://www.remaatlantico.org/sul/Members/bosco/noticias/e-crime-privatizar-o-sao-francisco

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