segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Déda recebe a Caravana em Defesa do Rio São Francisco e do

Foto: Janaina Santos - ASCOM/Governo/SE

O governador Marcelo Déda recebeu nesta sexta-feira, 31, no Palácio
dos Despachos, a Caravana em Defesa do Rio São Francisco e do
Semi-Árido Contra a Transposição. Os membros da Caravana vieram pedir
ao governador que interceda para a construção de um processo de
negociação com a Presidência da República sobre o assunto.
Marcelo Déda atendeu ao pedido e se comprometeu a encaminhar a
solicitação de diálogo à presidência. "Quero me colocar à disposição
para ser um mediador. Usarei todo o meu esforço para permitir que o
Governo Federal abra uma conversação com os técnicos e as autoridades
que são críticas à transposição do rio. Espero que criemos as
condições para que se possa discutir até a exaustão o tema", afirmou o
governador.
Durante o encontro, o governador fez questão de lembrar que durante a
sua trajetória política sempre assumiu uma postura crítica frente ao
projeto. Segundo ele, a obra ainda provoca dúvidas em relação ao impacto
ambiental que pode causar, à relação custo-benefício, e à situação dos
estados do semi-árido que não serão contemplados com o abastecimento
de água.
"Não podemos aceitar que as obras sejam feitas sem se demonstrar que
não há riscos para o São Francisco e que não haverá prejuízo para os
estados que fazem parte da bacia. Temos também que ter humildade para
ouvir as vozes que representam o extremo Norte do Nordeste e que
possuem uma opinião contrária.
O momento agora não é de enfrentamento pelo enfrentamento. Temos que
saber que o mais importante para o Nordeste é a criação de uma
política de recursos hídricos para o semi-árido, e não apenas a
transposição", opinou.
Um dos membros da caravana e também do Comitê da Bacia Hidrográfico do
São Francisco, professor Luiz Carlos Fontes, viu como positiva a
resposta do governador Marcelo Déda ao pedido da Caravana. "O
governador foi muito claro nas suas posições. Ele se comprometeu de
forma incisiva a fazer a interlocução. Achamos que ele vai levar esse
pleito ao presidente", afirmou.

Mobilização

A Caravana começou a sua viagem para levar o seu protesto contra a
transposição no dia 20 de agosto, em Belo Horizonte (MG). Os 14
membros do grupo, formado por representantes de movimentos sociais,
universidades, Ministério Público e outras entidades, provocam
reuniões com autoridades e com moradores da comunidade ribeirinha para
mostrar os argumentos contrários ao projeto.
O grupo já passou por 11 capitais brasileiras e termina sua jornada
amanhã em Maceió. "A nossa intenção não é fazer grandes movimentos
públicos, mas liderar essa causa. A caravana termina em Maceió, mas
acredito que estamos só começando. Tudo indica que tenhamos muitos
outros compromissos firmados", avalia Luiz Carlos Fontes.


Participaram da reunião: o Coordenador geral do Projeto "Manuelzão", Apolo Heringer,
Lorival Aguiar(Zito), Articulação do Semi-Árido(ASA) , Secretaria da Caravana, Ludmila Lana, Eduardo Lima de Matos, MP de Sergipe, Sr. Antônio Gomes(Toinho Pescador), CBHSF, Francisco, Frente Cearense por uma nova cultura da Água e contra a transposição das águas do Rio São Francisco, Profº Luiz Carlos da Silveira Fontes, CBHSF, Profº João Abner , UFN, presidente da CUT-SE, Antônio Góis, padre Jerônimo Peixoto, Arquidiocese de Aracaju, presidente da OAB-SE, Henry Clay Andrade, Tita Barreto, Fórum em defesa do rio São Francisco - Se, secretário de Estado da Agricultura, Paulo Viana, secretário de Estado da Casa Civil, José de Oliveira Junior, diretor-presidente da Adema, Genival Nunes e o secretário de Estado de Governo, Clóvis Barbosa.

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