Transposição: um projeto incoerente
De 19 de agosto a 1o de setembro, um grupo de conhecedores do São Francisco e do Semi-árido percorrerá onze capitais brasileiras para denunciar as incoerências do projeto do Governo Federal de transpor as águas do Velho Chico. O grupo alerta que a transposição não matará a sede dos que mais sofrem com a seca - a população difusa, argumento em nome do qual o Governo insiste em uma obra que envolve impactos ambientais, econômicos, políticos e sociais.
A Caravana em defesa do São Francisco e do Semi-árido contra a Transposição é composta por doze pessoas, entre especialistas e representantes de movimentos sociais. A jornada, que terá início em Belo Horizonte, no dia 19 de agosto, promoverá debates em Universidades, coletivas de imprensa e visitas aos governadores dos estados. Durante a Caravana, será distribuída a publicação Transposição - Águas da Ilusão, que reúne os principais argumentos contrários ao projeto do Governo.
roteiro da caravana:
DATA LOCAL
19/08 - Belo Horizonte
- Chegada dos convidados à Belo Horizonte.
- Participação na 11ª Romaria das Águas e da Terra de Minas Gerais.
20/08 - Belo Horizonte
21/08 - Rio de Janeiro
22/08 - Brasília
23/08 - São Paulo
24/08 - Natal
25/08 - Mossoró
26/08 - Fortaleza
27/08 - Fortaleza
28/08 - Recife
29/08 - João Pessoa
30/08 - Salvador
31/08 - Aracaju
01/09 - Maceió
Participantes da Caravana:
Dom Frei Luiz Cappio Técnicos e Especialistas:
Prof. Apolo Heringer Lisboa - Universidade Federal de Minas Gerais /Coordenador Geral do Projeto Manuelzão/ Presidente do CBH Velhas / Minas Gerais
Prof. João Abner - Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Prof. João Suassuna - Fundação Joaquim Nabuco / Recife
Dr. Luciano Marçal - Engenheiro Agrônomo, secretário executivo Articulação do Semi-Árido (ASA) / Recife
Movimentos sociais e de defesa do meio ambiente:
Dr. Ruben Siqueira - Fórum em Defesa do São Francisco – Comissão Pastoral da Terra / Bahia
Soraya Vanini Tupinambá - Frente Cearense por uma nova cultura da Água e contra a transposição das águas do Rio São Francisco / Ceará
Comunidades tradicionais:
Antônio Gomes dos Santos - Toinho Pescador / Alagoas
Marcos Sabaru – Povo Timgui-Botó / Alagoas
Jornalista:
Washington Novaes
Um comentário:
Louvem-se todas as tentativas de esclarecimento à população e até aos gestores, do que significa esta transposição. É indispensável que se tome consciência desta medida, suas causas e consequências. Um rio que há tempo banha, alimenta e conduz não pode ser esgotado por capricho ou deixar de ser por falta de conhecimento. Queremos saber o por quê de tanta polêmica, o que existe de política e de ambientalismo neste projeto, enfim , o que siginificará, verdadeiramente, a transposição do Rio São Francisco.
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