O Ministério Público Federal em Sergipe (MPF/SE) realizou na manhã desta terça-feira, 18, uma audiência pública para discutir como minimizar os danos causados pelas cheias do rio São Francisco. Esteve presente a Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf, o Ibama, represetantes do Ministério Público Estadual e da Universidade Federal de Sergipe (UFS).
A procuradora-chefe, Eunice Dantas, explica que as cheias têm causado importantes impactos para as comunidades ribeirinhas e para o meio ambiente. “Tem havido dano à mata ciliar que, inclusive, fica impedida de se regenerar”, esclarece. A procuradora afirma que a Chesf apenas avisa quando irá abrir as comportas da usina de Xingó, a retirada da população da área atingida é uma preocupação das prefeituras.
O professor da UFS, Robério Ferreira, apresentou um estudo sobre a dificuldade de recuperar a mata ciliar por conta das freqüentes cheias.
"O nível da água e o tempo das inundações têm aumentado com o passar dos anos", explica o professor. Com isso, as mudas mais velhas que estavam sendo plantadas pelo Projeto Restauração da universidade não têm sobrevivido.
Os procuradores da Chesf informaram que a companhia, após laudo técnico, constatou que as vegetações encontradas nas praias de Sergipe, citada pela procuradora e objeto da ação civil pública do MPF/SE, são, na verdade, algas de água doce.
O laudo não determina se todo esse material foi proveniente do São Francisco, o que gerou a discordância dos demais presentes.
INFONET.
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